Conhecemo-nos por acaso, juntos por um feliz infortúnio, à beira de um espetáculo de dança, para o qual não conseguimos bilhete. Porém a dança não se ficou por aí e passo a passo fomos partilhando coreografias na distância, que nos aproximou.
O sangue libanês que se fundiu com a paixão brasileira, resultou na bailarina e coreógrafa, Yahsmine Maçaira, uma viajante de ritmos e sentimentos, sempre em busca de sentidos apurados e das emoções mais puras. O seu peito sem fronteiras, já me tentou ensinar os ritmos do Carnaval, e eu ainda estou para me desforróar, quem sabe um dia algures em Curitiba.
Num mundo onde as fronteiras da Natureza, não são as fronteiras dos homens, nem dos corações, faz por estes dias uma ponte entre Braga e Munique, onde aprende e partilha com o seu filho lições de mestria, que já partilhou com refugiados em busca de um abraço caloroso, numa pátria fria.
E hoje, entre reinos de luz e de trevas, aqui nos encontramos algures no reino do meio, enfrentando bem de frente o destino que todos levamos no coração. Ela seguramente com um sorriso interior. Toi toi.
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